Café: Produtor deve aproveitar altas em NY e fechar negócios; Brasil pode bater recorde de exportação

O último volume histórico foi registrado em 2015, com 37 milhões. Diante do cenário, mercado se preocupa como ficarão os embarques de janeiro até maio, quando entra a nova safra

O mercado futuro do café tem apresentado oscilações diárias, com baixas e altas expressivas. Após um período atuando de maneira estável, o mercado registrou altas expressivas após o USDA divulgar uma baixa de 10,5% para a safra de café brasileiro.

Segundo o analista de mercado, Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, os dados americanos divulgados vêm de encontro com informações que já circulam no Brasil, de que a próxima safra mais baixa do que a safra 2018 e que as negociações no Brasil aconteciam com dificuldades, como consequência dos valores mais baixos.

"Os negócios saem, o cafeicultor tem de contar a pagar e procurava a vender sempre o mínimo possível, cumprir os compromissos mais pertos e segurava o café para vender mais tarde, na esperança que os preços melhorassem", comenta. O analista destacou ainda que o produtor vem enfrentando juros mais baixos e por isso, escolhe não fazer investimento no momento.

Segundo Eduardo, em 2019 o Brasil poderá bater o recorde histórico de embarcação do café, com mais de 40 milhões. O último volume histórico foi registrado em 2015, com 37 milhões. "Isso significa ou que o consumo está acima do que se imagina ou que o concorrente não tem café para fornecer aos consumidores lá fora", comenta.

Diante do cenário, segundo o analista, o que o mercado tem se perguntado como ficarão os embarques de janeiro até maio, quando entra a nova safra. "Essa nova safra também, os agrônomos são categóricos ao afirmar que é uma safra de ciclo alto, mas menor que 2018", afirma. De acordo com Eduardo, condições climáticas em regiões produtoras têm influenciado diretamente nas estimativas para as próximas safra, sustentando as informações do USDA.

Fonte: Notícias Agrícolas


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