Aprovação das reformas estruturais irá atrair investimentos para o Brasil, diz Paulo Skaf

Em encontro com líderes empresariais em Rio Claro, o presidente da Fiesp/Ciesp debate medidas de curto e longo prazo para o desenvolvimento nacional.

“Em um momento como este, em que o Brasil tem novo governo, novo Congresso, com a expectativa de aprovação de reformas, este diálogo é essencial para esclarecer e também aprender”, disse o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, ao abrir o evento “Diálogo pelo Brasil”, em Rio Claro em 31/5.

Nesses encontros com lideranças empresariais do interior de São Paulo, a conjuntura política e econômica tem sido o tema principal. Na quinta-feira 30/5, o IBGE divulgou que, no primeiro trimestre do ano, a economia encolheu 0,2%. “O segundo trimestre também não vai bem em todos os setores. Mas há muita liquidez de recursos no mundo e investidores querem investir no Brasil tão logo as reformas estruturais sejam aprovadas e haja condições favoráveis ao investimento”, avaliou Skaf.

Em Rio Claro, a importância da reforma da Previdência, como principal pauta do país, foi enfatizada por Skaf. “Se nada for feito, daqui a quinze anos, todo o orçamento da União será destinado apenas para o pagamento dos aposentados”, afirmou, dizendo-se confiante de que há cada vez mais parlamentares conscientes da necessidade de mudar o sistema de aposentadorias para não o inviabilizar. Ele acredita que a nova Previdência será aprovada na Câmara dos Deputados antes do recesso de julho e no início do segundo semestre no Senado.

Com isso, serão dadas as bases para o crescimento sustentado e a geração de empregos de que o país necessita. Skaf disse ainda que, após a aprovação da reforma, o governo deverá tomar medidas de curto prazo, como liberação de recursos do PIS-PASEP e do FGTS, para oxigenar a economia e acelerar a retomada. Skaf esteve, recentemente, com o presidente da República, Jair Bolsonaro, com quem discutiu a conjuntura atual. O próximo ponto de mudança estrutural, segundo o presidente da Fiesp/Ciesp, é a reforma Tributária. “Vamos lutar pelo sistema tributário como um todo, por uma reforma ampla, por sua simplificação e para resolver o problema da guerra fiscal.

Na avaliação de Skaf, o Brasil tem vários desafios pela frente. “Segurança pública, educação de qualidade, saúde, infraestrutura e milhares de obras paradas no país”, enumerou. Também há a necessidade de combate à corrupção. Precisamos de um mercado livre e competitivo, além de destravar a burocracia. Não é simples fazer isso tudo, mas é preciso”.

No debate com as lideranças, o presidente da Fiesp/Ciesp tratou também das cadeias produtivas altamente competitivas, tais como celulose, alimentos, agronegócio e petróleo e gás, por exemplo, uma vez que o pré-sal, que teve o custo de produção por barril estimado de US$ 40 a US$ 50; hoje está no patamar de US$ 7. “Há inúmeras oportunidades para o Brasil”, afirmou.


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