LÍDERES DE GRANDES EMPRESAS APRESENTAM SEUS PLANOS DE REDUÇÃO DE CUSTOS DE GESTÃO DE SAÚDE CORPORATIVA

O objetivo da Fiesp é alertar as empresas sobre a importância de traçar estratégias eficientes para controlar os custos e promover saúde e bem-estar aos funcionários.

No dia 7/11 acontecerá o segundo seminário sobre o tema. O conceito de promoção da saúde vem ganhando importância cada vez maior no ambiente empresarial. Uma vez que é muito mais barato investir em prevenção do que arcar com os custos de ter um funcionário doente, as corporações começaram a vislumbrar a necessidade de adotar uma abordagem preventiva da saúde dos seus colaboradores. Com o objetivo de apresentar ideias que deram certo e inspirar gestores de companhias e líderes industriais da cadeia da Saúde, a Fiesp realizou o primeiro seminário Eficiência na Gestão de Saúde Corporativa, na última sexta-feira (4/10).

Ao público foram apresentados cases de empresas como Ambev, Volkswagen e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Os gestores detalharam os projetos que têm dado resultado quando o assunto é a gestão do bem-estar e da qualidade de vida dos profissionais das companhias.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Rodrigo Aguiar, o objetivo da entidade é perseguir valor em saúde para todos os brasileiros. “Registramos um crescimento significativo nas despesas operacionais do setor. As pessoas estão pagando mais pelo mesmo produto. Estamos trabalhando para conseguirmos melhores desfechos no setor, com menores custos”, reforçou.

Edson de Marchi, vice-presidente de Saúde e Benefícios da Ambev, mostrou de qual forma a empresa conseguiu reduzir em 30% os gastos com saúde corporativa, o que corresponde a uma economia de R$ 100 milhões por ano. A mudança foi resultado de análise que indicou, via projeção, a necessidade de a companhia ter de vender o patrimônio, em 2022, para continuar pagando a assistência de saúde dos funcionários.

“Foi quando assumimos a rédea da gestão e equipamos nossas unidades com os melhores médicos. Eles atuam emitindo uma segunda opinião sobre o procedimento eletivo que os funcionários solicitam e, em casos mais simples, já prestam os cuidados iniciais em ambulatórios”, detalhou.

O gerente médico de Saúde Integral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Leonardo Mendonça, explicou que o investimento no bem-estar das pessoas foi prioridade na estratégia de crescimento da empresa. Ao longo dos últimos dez anos, o hospital criou um modelo coordenado de gestão de saúde corporativa com vistas à saúde integral.

“A cada R$ 1 real que investimos por funcionário em promoção e prevenção à saúde, deixamos de gastar R$ 3,36 com assistência médica. Temos equipe de saúde da família que faz o acolhimento das vidas. Também trabalhamos a questão da gestão e atendimento de doenças crônicas. Há disponível, por exemplo, uma academia de ginástica e um bosque nas nossas dependências. A ideia é promover a mudança do estilo de vida”, completou.

Ruy Baumer, diretor do ComSaude da Fiesp, explicou que todos os anos o ComSaude escolhe um tema principal para debater com o setor. “Começamos a falar sobre eficiência na gestão da saúde e o tema virou assunto para um grupo de trabalho permanente. Isso porque a questão deixou de ser apenas uma preocupação do RH e passou a tomar a atenção do financeiro das empresas, que são as maiores pagadoras dessa conta, seja pagando de maneira integral ou dividindo com seus funcionários, o que tem tornado o sistema inviável”, considerou.

Eduardo Santana, diretor titular adjunto do ComSaude, reforçou que o objetivo do Comitê e da Fiesp ao divulgar experiências exitosas das empresas é o de melhorar o trabalho de quem já enxergou o tema como uma preocupação. “O índice de reajuste dos planos de saúde é da ordem de 18% e o crescimento previsto para a indústria da Saúde é de menos de 1% ao ano. No próximo ano, faremos um hackthon ou ideathon para ajudar a resolver as dores de saúde corporativa”, completou.

O próximo seminário sobre o tema será realizado em 7 de novembro, na Fiesp, e irá abordar a Gestão e as Estratégias de Saúde Populacional e A transformação da Medicina Ocupacional.

Fonte: FIESP


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