FIESP irá propor diálogo com o governo para acelerar validação de acordo de livre comércio com o Chile

Fechado em tempo recorde, tratado é considerado instrumento comercial de última geração e prevê compromissos em 24 áreas não tarifárias.

Nesta quarta-feira (8/5), o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, recebeu o embaixador do Chile para o Brasil, Fernando Schmidt, a fim de discutir as relações bilaterais entre Brasil e Chile e o status do Tratado de Livre Comércio, assinado pelos dois países em novembro de 2018.

Concluído em apenas cinco meses, o Tratado é instrumento comercial de última geração e o acordo mais avançado já fechado pelo Brasil. Ele prevê normas que prometem facilitar o comércio e os investimentos entre os dois países, nos setores de bens e serviços. No total, 24 áreas não tarifárias são contempladas pelos acordos que constituem o Tratado de Livre Comércio, entre eles os Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos, Propriedade Intelectual, Telecomunicações e Comércio Eletrônico, entre outros. Além de beneficiar os dois países, as vantagens proporcionadas por essa aliança devem ser decisivas para o fortalecimento da integração regional e a aproximação entre Mercosul e Aliança do Pacífico.

Para que o acordo entre em vigor, é necessária a ratificação do Congresso Nacional brasileiro, ainda pendente. Durante o encontro realizado na sede da Fiesp, Paulo Skaf garantiu que a entidade atuará junto ao Executivo e ao Legislativo brasileiros para acelerar a aprovação do texto. “Faremos articulações com o Ministério da Economia, o Itamaraty, a Comissão de Relações Exteriores no Plenário e no Legislativo”, assegurou Skaf.

A corrente bilateral de comércio entre Brasil e Chile é historicamente equilibrada, com superávits em favor do Brasil. O país entrou na lista dos principais parceiros comerciais do Chile em 2018, registrando saldo positivo em US$ 3 bilhões para a balança comercial. No ano anterior, os investimentos estrangeiros diretos do Chile no Brasil totalizaram cerca de US$ 5,7 bilhões, enquanto as aplicações brasileiras no Chile somaram US$ 5,3 bilhões, tornando o Chile como o 10° maior destino de investimentos brasileiros.


Voltar