“ECONOMIA É EXPECTATIVA. SE FOR POSITIVA, TUDO MELHORA”, AFIRMA SKAF EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Evento Diálogo pelo Brasil, conduzido pelo presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, reuniu empresários da região para conversa sobre os rumos do país

“Há desafios de décadas que agora estão sendo resolvidos. Isso justifica nosso apoio ao Governo Federal, que está caminhando na direção correta”, afirmou o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, em encontro com empresários da região de São José do Rio Preto.

Realizada na Escola Senai Antonio Devisate, a edição do Diálogo pelo Brasil na cidade foi marcada pelo otimismo em relação às reformas e à retomada do crescimento. “Economia é expectativa. Se for positiva, tudo melhora. A aprovação das reformas vai contribuir bastante para isso e estamos em momento de recuperação. Deveremos crescer 1% este ano e dobrar esse percentual no ano que vem”, afirmou Skaf.

Com a Reforma da Previdência bem encaminhada, a Reforma Tributária deve ser a pauta da vez, mas deve ser conduzida de modo cuidadoso para não levar ao aumento de impostos. “O desafio é buscar a convergência das propostas e fechar em torno de uma que reúna todos os pontos positivos, e de olho nas alíquotas, para não aumentar a carga tributária existente”, disse.

Assim como em outras reuniões com empresários, Skaf voltou a dizer que embora o imposto único seja um sonho, a proposta não é viável. E completou: “Defendemos a junção de PIS, COFINS e IPI em um único imposto, mas não dá para juntá-los com outros tributos. O lado positivo é ver que finalmente se discute com seriedade a questão da simplificação de impostos”, mas é preciso atenção quanto à calibragem.

Entretanto, o presidente disse que é ilusão pensar que haverá redução de impostos. “O Estado está quebrado e precisa manter as receitas neste primeiro momento. Com o tempo, aí sim, tem de reduzir a carga tributária, que é muito alta. Mas para isso precisamos de gestão, competência e seriedade da máquina pública. Se aumentar imposto resolvesse, o Brasil não teria problemas”, apontou. Após a Reforma Tributária deve entrar em pauta a Administrativa para que o Estado seja mais enxuto.

O presidente da Fiesp/Ciesp entende que não vivemos ainda o melhor momento, mas pensa que o Brasil deve abandonar a agenda velha e discutir novos avanços. “Importante pensar que por estarmos no rumo certo, logo receberemos mais investimentos. Há milhares de obras paradas. Se elas forem retomadas, vão gerar milhares de empregos. A classe empresarial precisa também ajudar a empurrar na direção correta”, afirmou Skaf. Outros pontos frisados dizem respeito à desburocratização, com a Medida Provisória n. 881/2019 da Liberdade Econômica e a revisão da NR 12 [sobre segurança, máquinas e equipamentos], que era um exagero em comparação com outros países e prejudicava os negócios.

Skaf afirmou que o governo está na direção correta. “A Selic está caindo, mas o spread vai cair também. No segundo trimestre, o PIB foi positivo com destaque para a construção civil e a indústria da transformação e o varejo vai bem. Temos defendido catalisadores na economia, como o saque do FGTS que injetará R$ 30 bilhões na economia em um ano. E o acordo Mercosul-União Europeia é uma boa oportunidade, porque trata-se de ter acesso a um mercado dez vezes maior do que o Mercosul”, defendeu. Entretanto, ele disse que “se sair da direção correta, a gente também muda. Não temos compromisso com o erro”.

No tema Educação, Skaf destacou a necessidade de se preparar a mão de obra para o futuro e falou das ações do Sesi e do Senai do Estado de São Paulo: “Precisamos ter escolas de qualidade para as pessoas terem oportunidades e se prepararem para o futuro. É aí está o papel da indústria, do qual me orgulho, como nossas escolas do Sesi e do Senai aqui em Rio Preto, que são exemplos de excelência em educação básica e profissionalizante”, disse.

Ao tratar de um tema em evidência na imprensa, a Amazônia, Skaf disse que a Fiesp reuniu há poucos dias, em São Paulo, empresários de 40 grandes grupos europeus para apresentação de ações do Brasil [Amazônia, você precisa saber]. “Não se pode confundir queimada com desmatamento até porque os gráficos da queimada oscilam para cima e para baixo todos os anos. Os riscos de queimada se encontram no cerrado, não na floresta, onde a mata é úmida e não há tendência de incêndio”.

Fonte: FIESP


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